“Guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome ” (Sl 23:3)

Deus está planejando uma festa – uma festa para festa nenhuma botar defeito. Não uma festinha de biscoitos, mas um banquete. Não risadinhas e bate-papo na sala de conferências, mas olhos arregalados de admiração na sala do trono de Deus.

Sim, a lista de convidados é impressionante. Sua pergunta para Jonas: como foi sofrer nas entranhas de um peixe? Você prefere interrogá-lo. Porém mais impressionante que os nomes dos convidados é a natureza deles. Nada de egos, nada de poderio. Culpa, vergonha e tristeza serão detidas no portão. Doenças, morte e depressão serão a Peste Negra de um passado distante. O que hoje vemos diariamente, lá nunca mais veremos.

E o que hoje enxergamos de modo vago, lá, enxergaremos claramente. Veremos a Deus. Não pela fé. Não através dos olhos de Moisés, ou de Abraão, ou de Davi. Não por meio das Escrituras, ou do por do sol, ou das chuvas de verão. Veremos não o trabalho ou as palavras de Deus, mas Ele mesmo! Ele não é o anfitrião da festa; Ele é a própria festa. A sua bondade é o banquete. A sua voz, a música. O seu resplendor é a luz, e o seu amor o tema infinito da discussão.

Há apenas um empecilho. O preço da admissão é um tanto alto. Para comparecer à festa, você precisa ser justo. Não bom. Não decente. Não um contribuinte ou um devoto.

Os cidadãos dos céus são justos. RETOS.

Todos nós, ocasionalmente, fazemos o que é certo. Uns poucos fazem, predominantemente, o que é certo. Mas, algum de nós faz sempre o que é certo? De acordo com Paulo, não. “Não há um justo, nem um sequer”(Rm 3:10).

Paulo é duro quanto a isto. Ele continua dizendo, “Não há quem faça o bem, não há nem um só (Rm 3:12).

Alguém pode discordar. “Não sou perfeito, mas sou melhor que a maioria. Tenho me portado bem. Não quebro as regras. Não parto corações. Ajudo as pessoas. Gosto das pessoas. Comparado a outros, acho que posso dizer que sou uma pessoa justa.”

Costumava tentar isto com minha mãe. Ela me dizia que o meu quarto não estava limpo, e eu lhe pedia para vir comigo ao quarto do meu irmão. O dele estava sempre mais bagunçado que o meu. “Veja, meu quarto está limpo, dê uma olhada neste”.

Nunca funcionava. Ela me levava para o quarto dela. Em se tratando de arrumar aposentos, minha mãe era justa. Seu armário era perfeito. Sua cama era perfeita. Seu banheiro era perfeito. Comparado ao dela, meu quarto era… bem, totalmente errado. Ela me mostrava seus aposentos e dizia: “É isto o que eu chamo de limpo”.

Deus faz o mesmo. Ele aponta para si mesmo e diz: “É isto o que eu chamo de retidão”.

Retidão é o que Deus é.

“…pela justiça do nosso Deus e salvador Jesus Cristo”(2 Pe 1:1).

“Deus é um juiz justo”(Sl 7:11).

“O Senhor é justo e ama a justiça”(Sl 11:7).

A Justiça de Deus “permanece para sempre”(Sl 112:3) e está muito alta”(Sl 71:19).

Isaías descreve Deus como “Deus justo e Salvador”(Is 45:21).

Na véspera de sua morte, Jesus começou sua oração com as palavras: “Pai justo”(Jo 17:25).

Chegou ao ponto? Deus é justo. Seus decretos são justos (Rm 2:5). Suas exigências são justas (Rm 8:4). Seus atos são justos (Dn 9:16). Daniel declarou: “Justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as suas obras, que fez”(Dn 9:14).

Deus nunca é injusto. Ele nunca se entregou a uma decisão errada, experimentou a atitude errada, deu o passo errado, disse a coisa errada, ou agiu do modo errado. Ele nunca está atrasado ou adiantado demais, nunca é demasiadamente barulhento ou suave, rápido ou lento. Ele sempre esteve e sempre estará certo. Ele é reto.

Iria Deus, que é justo, passar a eternidade com aqueles que não o são? Iria Harvard admitir um aluno que parou na terceira série do fundamental? Se o fizesse, o gesto poderia ser benevolente, mas não seria justo. Se Deus aceitasse o injusto, o convite seria ainda mais amável, mas estaria ele sendo correto? Seria Ele justo por deixar passar nossos pecados? Baixar o seu padrão? Não. Ele não seria justo. E uma coisa que Deus é: : justo.

Ele afirmou a Isaías que a justiça seria o seu prumo, o padrão pelo qual a sua casa seria medida (Is 28:17). Se somos injustos, então seremos deixados na entrada, na porta. Ou, para usar a analogia de Paulo, “e todo o mundo seja condenável diante de Deus”(Rm 3:19). Então, o que vamos fazer?

Carregar um fardo de culpa? Muitos o fazem. Muitos mesmo.

E se a nossa bagagem espiritual fosse visível? Suponha que a bagagem de nosso coração fosse literalmente vista pelas ruas. Sabe o que veríamos? Mala de culpas. Bolsas estufadas com bebedeiras, explosões, e compromissos. Olhe à sua volta. O camarada com o terno cinza? Está arrastando uma década de pesares.O menino de calça jeans e argola no nariz? Daria qualquer coisa para retirar as palavras que disse à mãe. Mas não pode. Então ele as reboca adiante. A mulher num tailleur executivo? Parece que ela poderia concorrer a senadora. Ela preferiria correr por socorro, mas não pode correr por nada. Não arrastando aquela mala de remorso onde quer que vá.

Ouça . O peso do cansaço te abate. A autoconfiança te desencaminha. Os desapontamentos te desencorajam. A ansiedade te contamina. A culpa? A culpa te consome.

Então, o que fazemos? Nosso Deus é correto, e nós somos errados. Sua festa é para os inocentes, e estamos longe disso. O que fazemos?

Deus ouve o seu apelo. Foi, ao mesmo tempo, o momento mais belo e o mais horrível da história. Jesus de pé, no tribunal do céu. Passando a mão sobre toda a criação. Ele defendeu: “Puna a mim pelos erros deles. Vê o assassino? Dê-me a sua pena. A adúltera? Eu levarei a sua vergonha. O fanático, o mentiroso, o ladrão? Faça a mim o que farias a eles. Trate-me como tratarias um pecador.”

E Deus o fez. “Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus”( 1 Pe 3:18).

Sim, reto é o que Deus é, e, sim reto é o que nós não somos, e, sim, retidão é o que Deus requer. Mas, “agora se manifestou sem a lei a justiça de Deus” (Rm 3:21).

Davi disse o mesmo desta forma: “Guia-me pelas veredas da justiça”(Sl 23:3).

A vereda da justiça é uma trilha estreita, sinuosa, subindo um monte íngreme. No cume do monte há uma cruz. Ao pé da cruz estão os fardos. Incontáveis fardos cheios de inumeráveis pecados. O calvário é um monte composto de culpas. Gostaria de levar a sua para lá também?

Sua contribuição: sua própria confissão.

Estaremos dizendo o mesmo por toda a eternidade…

(Extraído do livro “Aliviando a Bagagem” do Max Lucado)

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Posted in reflexao by agnes at May 16th, 2012.
Tags:
  • DIRCE

    MARAVILHOSO!!!
    DEUS SEMPRE JUSTO E RETO.
    GUIA-ME SENHOR PELAS VEREDAS DA JUSTIÇA E COLOCAR LÁ TB MEU FARDO.
    A JUSTIÇA DE DEUS PERMANECE PARA SEMPRE. AMÉM!!!

  • Niel Motta

    Maravilha meu amado …Deus o abençoe…