A cruz de Jesus e a nossa cruz.

Mateus 16:21-2821Desde aquele momento Jesus começou a explicar aos seus discípulos que era necessário que ele fosse para Jerusalém e sofresse muitas coisas nas mãos dos líderes religiosos, dos chefes dos sacerdotes e dos mestres da lei, e fosse morto e ressuscitasse no terceiro dia. 22Então Pedro, chamando-o à parte, começou a repreendê-lo, dizendo: “Nunca, Senhor! Isso nunca te acontecerá! “23Jesus virou-se e disse a Pedro: “Para trás de mim, Satanás! Você é uma pedra de tropeço para mim, e não pensa nas coisas de Deus, mas nas dos homens”.24Então Jesus disse aos seus discípulos: “Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.25Pois quem quiser salvar a sua vida, a perderá, mas quem perder a vida por minha causa, a encontrará.26Pois, que adiantará ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou, o que o homem poderá dar em troca de sua alma?27Pois o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos, e então recompensará a cada um de acordo com o que tenha feito.28Garanto-lhes que alguns dos que aqui se acham não experimentarão a morte antes de verem o Filho do homem vindo em seu Reino”.

 Introdução

 1. Um casal é muito abençoado por ter cinco filhos com menos de sete anos de idade – o quinto nasceu no mês passado. Estavam muito familiarizados com o mundo das fraldas e treinamento do “pipi”! Recentemente, estavam comentando sobre o quão chocante foi quando trouxeram o  primeiro bebe deles do hospital para casa. Pensavam que a vida ia ser como aqueles comerciais da Johnson, onde os bebês estão sempre serenos e limpos e uma eterna alegria de casal feliz. No final do primeiro mês, literalmente, pensávamos que estávamos enlouquecendo. Havia um despertador humano tocando a cada 2-3 horas e nunca sabíamos exatamente como  iríamos fazê-lo parar.

2. Expectativas não atendidas realmente podem nos abalar. Na passagem de hoje, vemos como as expectativas dos discípulos para  com Jesus estavam fora de linha . Jesus precisava ajustar suas expectativas, e creio que ele vai ajustar as nossas também.

3. Até esse momento, vemos  Jesus pregando e curando nas regiões periféricas de Israel, a partir desse momento ele vai em direção a Jerusalém, onde irá realizar os eventos principais do seu ministério terreno. Para preparar os seus discípulos, ele começa a ensinar-lhes claramente o que significa para ele ser o Messias e quais as implicações  para aqueles que o seguem.

 Jesus é o Salvador Sofrido (vs. 21-23)

 1. Pela primeira vez, Jesus diz explicitamente aos seus discípulos que ele vai morrer. Ele lhes diz que Ele deve ir a Jerusalém, sofrer nas mãos dos líderes religiosos, ser morto e ressuscitar ao terceiro dia. Isto é o que ele e o Pai tinham planejado antes da fundação do mundo. É o centro do que ele veio fazer. Mas, para os discípulos, que esperavam que o Messias triunfasse sobre seus inimigos, essa era uma revelação de fazer a terra tremer. Nenhum deles imaginava que o Messias sofreria.

2. Os discípulos não receberam bem essa notícia . Eles tinham optado por seguir esse homem, moldar suas vidas em torno Dele. Seus futuros estavam intrinsecamente ligados ao Dele. Esperavam que ele tomasse o poder e inaugurasse uma era sem precedentes de prosperidade nacional, foi um grande choque saberem que ele estava se preparando para morrer.

3. Pedro reage repreendendo Jesus. Talvez o declaração ao Senhor na passagem anterior (ver versículo 17-18) tenha lhe subido à cabeça. Mas imagine a audácia de repreender o Filho de Deus! Jesus reage fortemente : “Para trás de mim, Satanás” Ele não estava dando a entender que Pedro era Satanás, mas sim que as palavras de Pedro estavam alinhadas com o esforço de Satanás de frustrar os planos de Deus.

4. Satanás e Pedro queriam que Jesus estabelecesse o seu reino sem sofrimento. Para tanto Jesus responde: “longe de mim!” Pedro é a rocha sobre a qual Cristo iria construir sua igreja, mas, neste momento, ele é um tipo muito diferente de pedra – uma pedra de tropeço que podia dificultar a determinação do Senhor de ir para a cruz. A idéia de um Salvador sofredor tem ofendido as pessoas onde o evangelho é pregado. (1 Coríntios 1:22-24).

5. As pessoas hoje se sentem desconfortáveis com o Salvador crucificado como Pedro se sentiu com essa situação. Eles preferiam vê-lo como um professor da moral e compassivo. Mas não podemos escolher as características que nós gostamos. A morte e a ressurreição de Jesus foram fundamentais para a sua missão.

6. Pedro não largou tudo para servir um Messias que morreria. Um Messias que não se encaixava nas suas expectativas. Dá para entender? Alguma vez já dissemos a Deus no meio de uma experiência difícil: “Não pensei viver uma situação dessas quando escolhi segui-lo”. Pedro iria aprender que quando há conflito entre as nossas prioridades com as prioridades de Deus, nossos planos devem ceder – e não os de Deus. Temos de aprender a mesma coisa.

7. Muitas pessoas que se converteram ao cristianismo em outras partes do mundo e são surpreendidas por sofrimento, não se espantam, porque era tudo que eles já conheciam. Eles esperam que podem ocorrer sofrimentos e eles encontram conforto e esperança em Cristo para a libertação. Nossa experiência na América é  diferente. Temos que nos lembrar que o sofrimento faz parte da vida cristã. O triunfo de Nosso Senhor veio por meio do sofrimento, não evitando. Ele é o Salvador sofrido.

 Seguidores de Jesus encontram a vida n’Ele morrendo para si mesmos (vs. 24-28)

1. Jesus não só ia morrer – ele ia morrer crucificado, a forma mais humilhante e cruel de execução conhecida naquela época. Era degradante para a vítima e todos os associados com ele. Vestir um cordão com um pingente em formato de cruz é comum agora, mas usaríamos uma imagem de alguém sendo torturado por afogamento? Seria chocante!

2. Os seguidores de Jesus devem estar dispostos a perder a vida por amor a Cristo (v. 25), de duas maneiras. Primeiro, através da auto-negação. Depois de conhecermos a Cristo podemos: vir a  reavaliar nossas ambições,  ter dificuldades na nossa carreira, ou sofrer zombaria ou ainda mesmo sofrimento físico (Filipenses 3:7-11). Precisamos imitar o exemplo daqueles primeiros discípulos, cujo sofrimento e morte fez com que o evangelho se espalhasse.

3. Perder a nossa vida por amor de Cristo também deve ser tomado literalmente. Praticamente todos os seus 12 discípulos pagaram o preço final. Fizeram incontáveis ​​outros cristãos na igreja primitiva. E, hoje, estima-se que 270 cristãos ao redor do mundo morrem a cada dia, simplesmente porque eles seguem Jesus.

4. No versículo 27, Jesus descreve como ele vai voltar em um dia de glória e irá “pagar a cada pessoa de acordo com o que ela fez.” Aqueles que viveram para si mesmos, sofrerão perda infinita. Aqueles que morreram por Jesus nessa vida vão viver para sempre, compartilhando a vitória de Cristo. O Messias sofredor será glorificado – e seu povo será glorificado com ele.

 Conclusão

 Podemos resumir o ponto principal dessa passagem : O sofrimento precedeu a glória de Jesus e de seus discípulos. O reino de Deus veio através de crucificação. A cruz veio antes da coroa. Encontramos a vida em Jesus, agora e para sempre, quando morremos para nós mesmos.

Seguimos um Salvador que sofreu e morreu. O Rei Jesus reinará para sempre como o Cordeiro que foi morto. Como essa realidade nos afeta? O que significa tomar a nossa cruz diariamente dentro de nossas casas e famílias? E com relação ao nosso dinheiro e tempo? O que significa para você tomar a sua cruz e seguir Jesus esta semana em Brasília?

A vitória eterna é certa, e nosso dia de glória está chegando. Mas, para nós, como foi para Jesus, ele vem através da morte.

Kevin Rogers

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Posted in biblia, estudo by agnes at September 4th, 2013.
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